Nas ruas de Nápoli, 19 de março é um dia muito especial. Celebra-se o glorioso São José, carpinteiro de alma nobre, marido da Virgem Maria. Rezam-se muitas missas e realizam-se inúmeros festejos devotados ao santo. Tradição também em várias cidades italianas e mundo afora, mas é na bela e caótica capital da Campânia, Nápoli, que a comemoração religiosa confunde-se com um festejo da gula. É inclusive o dia de comer Zeppole, doces irresistíveis. Aliás, como nunca se consegue comer uma só, a palavra não é usada no singular, Zeppola e sim no plural, Zeppole.
As Zeppole são rosquinhas fritas com muita precisão para que fiquem douradas por fora e uma massa muito macia por dentro. Os recheios e coberturas podem variar segundo gosto do confeiteiro e da região.
Não se sabe ao certo quem inventou as Zeppole. A receita é uma antiga tradição, mas o homem que resolveu colocar uma frigideira na calçada para aguçar o apetite dos transeuntes que iam à igreja para fazer suas preces a São José era um famoso confeiteiro do local. Em 1840, Pasquale Pintauro resolveu usar do artifício e obteve sucesso absoluto.
Nesses mais de 150 anos, a receita se aprimorou. No Brasil as versões existentes foram trazidas na bagagem e na memória dos italianos do Sul, imigrantes que adotaram uma nova pátria.
Inúmeras são as receitas, aqui vai uma que é sempre preparada pelos meus amigos, o casal:
Joanina Cascino Grimaldi e Mário Grimaldi
Ingredientes:
1 Kg de batatas cozidas e espremidas
60 gr de fermento fresco para pão
1 ovo inteiro
1 colher (sopa) de açúcar
300 gr de farinha de trigo
Modo de fazer:
Dissolver o fermento no açúcar.
Misturar com a batata espremida, juntar o ovo e a farinha aos poucos. Amassar até pegar o ponto.
Deixar descansar por cerca de 1 hora.
Depois de crescida fazer rosquinhas e fritar em óleo bem quente.
Passar em seguida no açúcar e canela